Segredos de viver...
Alguém tem uma receita pronta de como viver a
vida da melhor maneira? Qual a melhor maneira, para quem e por que é a melhor? É
muito relativo não é? Depende de vários fatores. Parece-me que os segredos da
vida e o desafio de viver - aprendendo-fazendo-errando-reaprendendo – é tão importante ( para o crescimento do ser
individual) quanto a Teoria da Relatividade do físico alemão Albert Einstein no
século XX. Parece-me também que descobrir
estes “segredos de viver” podem causar uma revolução ideológica e comportamental
do ser.
Tenho tentado desvendar os meus segredos de
viver, por isto, investigando sobre meu ser, meu agir, meu pensar, minhas
origens, meus valores, meus defeitos e qualidades, percebo que ficar nesse
campo, pelo menos só nele, me limita de enxergar o que tem fora dele que me
influencia a: ser como sou, fazer o que faço, pensar como penso. Às vezes me
parece estar num labirinto. O qual chamo de “segredos de viver” porque ele
precisa ser descoberto e trilhado com poucas informações e certezas do que
posso encontrar pelo caminho.
Não tenho grandes certezas, nem grandes
dúvidas sobre viver. Nem acho que certezas e dúvidas são eternas já que é de capacidade humana romper medos, enfrentar
desafios e desvendar segredos.
Num determinado momento, questionei-me sobre o
que sou, o que quero ser, onde quero ir, porque quero certas coisas e acreditem,
não sei se meu pensamento é único pois a cada dia aprendo coisas e vejo a mesma
coisa de maneira diferente. Tem sentimentos, certezas e limites que mudam em
mim. E a investigação me leva a respostas que também podem ser mudadas. Um
exemplo atual que me incomoda são os temas “Felicidade/planejamento”. Sobre o
primeiro tema, percebo que nem sei se sou feliz nem se não sou. A felicidade
pra mim é um campo de estudo e de investigação, portanto, tenho tentado
entender a felicidade além dos discursos de que são “momentos felizes”. Seria limitação minha pensar assim? Não sei.
Acredito que neste limite/nível de conhecimento que estou hoje, meu embasamento
me possibilita apenas dúvidas sobre os temas. Mas acreditem, já pensei
diferente e tive certezas absolutas sobre os dois temas. Acredito que criei uma
expectativa de que felicidade é algo maior do que parece ser. Parece que é um
sentimento. E se for, então preciso entender sobre o sentimento. Navegando
nesta busca percebo que sou feliz por vários fatores em diversos momentos como:
quando estou com meus filhos, quando vivencio momentos reais de convivência com
algumas pessoas, por exemplo, idosos quando são queridos, crianças quando não
são esnobes e mendigos, embora este último me deprima no minuto seguinte que saio
de seus aposentos, pois acho uma lástima um ser como outro qualquer ser tratado
com tanta indiferença. Mas isto é felicidade/infelicidade? Não sei! Parece ser
apenas uma ação e reação natural da vida que causa sentimentos de alegria e/ou
de tristeza. Mas estes substantivos não explicam felicidade ou infelicidade,
talvez, mas possivelmente outros substantivos e adjetivos devem agregar sentido
a este tema.
Fico intrigada por não entender muito sobre
felicidade e sobre muitas outras coisas como: religiões diversas, sistema
político, as guerras e as doenças que surgem de tempo em tempo destruindo
pessoas no mundo inteiro. Mas busco na ciência da informação o significado de “conhecimento”
e percebo que não conheço muitas coisas por isto não compreendo. Nesta
inquietação, minha fé me acalma, pois
acredito que Deus e Jesus Cristo estão no controle de tudo.
Sei que não sei fazer tudo da melhor maneira, e
acredito que este é um dos segredos de viver: descobrir a melhor maneira a cada
dia. Mas de uma
coisa eu sei, pessoas que tem amor no coração lidam com maior
equilíbrio frente aos desafios da vida. Acreditando nisto, tenho como meta ser
muito melhor que sou em todos os campos de minha vida, vou tentar ter mais amor
em mim, embora normalmente eu ame tudo: arvores, água, gente, sinto facilidade
em amar qualquer pessoa ou coisa, até insetos eu amo, já socorri vários deles
afogando em poças d´água. O que? Isso não é amor? É solidariedade? Pode ser. Não
sei, precisa de tantos sentimentos para que ações sejam realizadas que às vezes
os confundo em mim mesma, mas “ser um bom ser humano”, como diz a música do meu
irmão TJ do Forroboys, acredito como ele, que vale a pena.
Ah,
sobre “planejar”? Então, hoje abri uma página do Word pra fazer minha lista e
meu planejamento pra 2015. Ampliei e minimizei a página várias vezes procurando
palavras pra colocar ali. Elas desapareceram! Na ausência delas, ganhei tempo
fazendo uma tabela com os meses do ano e percebi que não sabia o que colocar em
cada coluna/linha, assim, a lista ainda não existe. Isto me causou
estranhamento porque, pra mim, o planejamento é base de tudo. Pelo menos era o
que eu pensava e defendia. E na prática, hoje vejo incerteza em tudo. Uma
possível explicação ou desculpa é que talvez seja pela minha interpretação e
sensação a partir de da realidade que vi este ano pela TV e na vida real. Tipo:
...
mortes estranhas como o raio que matou pessoas na beira da praia Grande em São
Paulo, aviões que somem e ninguém acha
os restos de nada, incêndios, tragédia no mar, na terra, no ar. Doenças como o
Ebola, HIV, Câncer que mata tanta gente todos os dias. São muitas desgraças e
tudo me parece incerto. Não sei nada sobre o meu amanhã. Nem sei se quero tanto
passar no concurso ou se peço e procuro viver o hoje como se fosse o último
dia. Não sei bem a ordem das coisas, das prioridades, das minhas possíveis
ações, me pergunto se devo estudar tanto e trabalhar tanto para proporcionar
maior segurança e estabilidade para meus pequenininhos, ou se devo curtir mais
meus filhos...são tantas incertezas! São tantas surpresas que pareço estar no
fim dos tempos conforme narra a Bíblia sagrada. E se for, do que adianta tantos
planos materiais?
Talvez eu tire os quilos das costas e nem faça
mesmo esta lista que me angustia. Provável que eu apenas me deixe ser guiada
pelo meu coração e FAÇA ACONTECER coisas que eu puder fazer.
Desejo amor em
seu coração. Fique com Deus!
Zane Steinmetz
Brasília,
31/12/2014
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